Abril '13 | 1ª Semana

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O MEDO QUE O GENERAL NÃO TINHA

Em Portugal tivemos um general que não teve medo. Hoje parecemos viver no medo. Do general ficou-nos a memória, o nome em algumas praças e fotos. As fotos, onde o general emoldurado por uma multidão, prova que não era apenas um general sem medo, foi um momento em que se acreditou que não ser necessário o medo. Foi um pequeno impulso propulsor que nos ajudou a libertar.

“O medo que o General não tinha” foi considerado um dos 10 melhores espectáculos nacionais do ano de 2012 pelo jornal o Público.

O texto deste espectáculo é uma torrente que só tem paralelo no modo irrequieto com Rodrigo Santos salta de personagem em personagem, é ele próprio, volta à personagem e ainda improvisa.

Um desassossego que serve o tema: o medo, ou a falta dele, ou a coragem para o enfrentar, ou a inconsciência que é fazer espectáculos de teatro em Portugal, em especial sobre temas tão ideologicamente vigiados como o da resistência à ditadura Salazarista. Uma medalha de mau-comportamento

Texto | Ricardo Alves e Rodrigo Santos
Encenação | Ricardo Alves
Interpretação | Rodrigo Santos

Maiores de 16 anos
Entre 7 de Março e 5 de Abril, de terça a sábado pelas 22h02 (Abertura de portas às 21h30)

Preço único de 5 euros, preço simpático facultativo 7,5 euros
Marcações e informações 911 725 762

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Quarta, 03 de Abril
STUDENT CAFÉ CONCERTO
LABIRINTO & KHAYALAN TRIO (concerto), SCOTCH DEEJAY & ABU

Labirinto
Formado em 2003, o grupo Labirinto busca criar texturas e climas imagéticos, através da composição instrumental, como na trilha-sonora de um filme, cujas cenas ficam por conta da imaginação do ouvinte. Após quatro EPs e participação em coletâneas, o grupo lançou, em 2010, o ambicioso projeto Anatema: um álbum com seis músicas com mais de dez minutos de duração cada. Anatema apresenta uma narrativa conceitual, sobre a criação, destruição e a eterna reconstrução do mundo, em embalagem luxuosa – vinil 12” duplo e CD digipack – com belas ilustrações de João Ruas, capista da Fables, afamada revista de quadrinhos americana, mixagem de Greg Norman (Pelican, Russian Circles) e masterização de Bob Weston (Shellac, Mission of Burma), em Chicago. O mês de março de 2012 marcou o lançamento mais recente da banda, do EP Kadjwynh, que aconteceu durante a segunda turnê norte-americana do grupo, e vem recebendo diversos elogios. Com quatro faixas compostas e produzidas por Erick Cruxen e Muriel Curi, e arranjadas em estúdio pela banda, o curto álbum, de apenas 22 minutos, levou cinco meses para ser produzido. As faixas foram gravadas no Dissenso Studio, mixadas no Mosh Studios, por Paulo Penov e Muriel Curi, e masterizadas por Bob Weston, em Chicago, novamente. As belíssimas e impactantes ilustrações, que estampam as capas do envelope do CD e do picture disc de Kadjwynh, no início de 2013, criaram vida ao som da faixa “Piam Ket”, ao longo de uma animação de pouco mais de 3 minutos, criada e dirigida, também por Sasaki. Com roteiro de Marcel Rocha, cenas desenhadas por Sasaki, animação e finalização por João Paulo Araujo, o video está sendo lançado em apresentações, no início deste ano de 2013; SESC Belenzinho, SESC Sorocaba, Showlivre e Praça Victor Cívita. Após o lançamento exclusivo que acontecerá no programa Evidente, do Canal Brasil, a animação ficará disponível para ser assistida online, no canal de youtube da banda. Logo em seguida, no mês de março, o Labirinto sai em uma terceira turnê ao exterior, desta vez na Europa, a convite do prestigiado festival dedicado à música experimental e post-rock; Dunk!Festival, e uma série de outras apresentações em países da Europa central e leste europeu. As apresentações ao-vivo contam com sete músicos no palco – Erick Cruxen, Rafael Zenorini e Luis Naressi “Meteoro”, nas guitarras e sintetizadores; Muriel Curi, na bateria; Ricardo Tanganelli, na percussão; Ricardo Pereira “Pit”, no contrabaixo e Artur Tsuda, no violoncelo. A combinação entre eletrônico, orquestral, riffs de guitarra, percussão e visual criam o cenário ideal para uma viagem sensorial completa. Esse é o clima que o grupo objetiva com suas apresentações. Permita-se, você também, perder-se neste Labirinto!
labirinto.mus.br
facebook.com/labirintoband
youtube.com/labirintomusic

Khayalan Trio
Khayalan Trio é um recente projecto Português de World/Ethno-Contemporary Music. Foi no festival de Didgeridoo "Fatt 2012" que o projecto se oficializou, para partilhar a criativadade, amor e imaginação dos três músicos. Três viajantes do som numa jornada através de todas as influencias presentes no corpo e alma, apresentam todo um mundo de musica "fusão" étnica e ambientes contemporâneos que derretem suas identidades musicais em vibração. Eles reuniram para compartilhar suas largas competências instrumentais, misturando esculturas exóticas com sulcos de terra e melodias distintas, criando mente de mudança de ritmos tocados como uma viagem dentro da própria pessoa.
facebook.com/khayalan.trio

Scotch Deejay
Desde há algum tempo casualmente passando música. Foi avistado no lendário e extinto Virgem Negra, nos lendários e extintos churrascos e festas de Belas Artes do Porto, no Passos Manuel, no Café au Lait, nos Maus Hábitos, no La Bohème, no Rádio, no Mau Mau, n'O Senhorio, nos extintos Sporting e Chã das Eiras, na Tendinha dos Clérigos, na Tendinha dos Poveiros, na "gruta", no Mede Vinagre, no Porto Antigo, no Barmali, no Carpe Diem, no Nasoni, na Konstfack em Estocolmo e em improváveis festas improvisadas...
facebook.com/scotch.dj

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Quinta, 04 de Abril
COWS ON PATROL AWARDS 2012
PSYCHIC ILLS (concerto), SOBASS (DJ REVELEÇÃO D'N'B), ATOMIC, MAIA & SMOKE1

Psychic Ills
Hipnótica, a ilusiva banda de rock de Nova Iorque, Psychic Ills, começou como duo, cresceu para quarteto em 2006 e já tocou com nomes como The Warlocks, The Black Angels, e mais recentemente, The Dandy Warhols.  Actualmente em tournée pela China e pelos Estados Unidos, os Psychic Ills vão promover o seu novo disco numa tournée europeia que incluirá os seus primeiros concertos de sempre em Portugal, onde serão recebidos de braços abertos.
psychicills.com
facebook.com/psychicills

Sobass
DJ de Gaia a representar a Garagem e a Ear Sound em Portugal e a label Dubzilla no Reino Unido. Habitual residente nas melhores festas de Drum & Bass de Norte a Sul do país. DJ versátil que tem como principais influências o Neuro Funk assim como o Intelligent e o Jump Up. Já partilhou cabine com nomes como Audio , Panacea , Dirtyphonics, The Upbeats, State of Mind, Prolix, Masheen, Kano, Bad Company, Dynamic, Gancher & Ruin, Neonlight, Drum Drumsound & Bassline Smith, Sub-Zero Crissy Criss, Cabbie, Callide, Allied, Zen, Anile, Alix Perez, Amoss, Hardlogik, Netsky, A.m.c, Technical Itch , Robyn  Chaos, Erre, Borgore, Diselboy , C.A.2K, Erb n Dub, Chris Renegade, Aeph entre outros…
facebook.com/sobassdnb
soundcloud.com/sobass

Atomic
Bakari Carneiro nasceu em Angola em 1992, tendo vindo para Portugal com apenas quarto meses. Depois de assistir à sua primeira festa de drum and bass em 2007, revelou um interesse especial neste género e no dubstep. No inverno de 2009 adquiriu o seu primeiro conjunto de gira-discos e em 2010 começou a tocar em festas oficiais no Porto e em Freamunde como Atomic. Desde essa altura, Atomic progrediu rapidamente e já tocou com nomes tais como Benvinda, Cabbie, Callide, Crissy Criss, D Element Q, DJ Oder, Migdrum, Propaganda, Sobass, Soundproof e Surface. As suas principais influências são Callide, Caspa, Danny Byrd, Delta Heavy, Dirtyphonics, DJ Oder, DJ Panik, Doctor P, Flux Pavilion, Nero, Netsky, Original Sin, Skrillex, Sub Zero, Subfocus e Tantrum Desire.
facebook.com/atomicdnb

Maia
DJ de Drum n Bass desde 2006, na altura ligado à promotora vianense Cinética, Maia fez a sua estreia nas pistas portuenses ao lado de DJ Hype no mítico Swing Club em 2006 num evento da Garagem. Entre 2006 e 2011 Maia criou a sua promtora, Bounce, que trouxe até Viana do Castelo o inglês Erb n Dub; esteve na formação inicial dos Bass Brothers e foi considerado um dos mais promissores DJs de Drum n Bass em Portugal. Após uma pausa de 2 anos, Maia está de regresso aos decks para provar que quem sabe não esquece.

MC Smoke1
Bruno Parente é MC Smoke1, membro do colectivo portuense Basic Manuvers. Presença constante no TOP 3 das últimas edições dos Cows On Patrol Drum & Bass Awards, MC Smoke1 está ligado à criação dos Basic Manuvers juntamente com DJ Basic. A primeira actuação dos Basic Manuvers ocorreu em Outubro de 2006, uma crew de 4 DJs e um MC.

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Sexta, 05 de Abril
FREIMA
Clube > JESUS K & THE SICKSICKSICKS (live) & FREIMATIC (FULANO47 + LUKKAS)
Bar > DJ A BOY NAMED SUE

Jesus K & The Sicksicksicks
Como uma carruagem sem freio abrem um túnel no coração de quem se puser à frente. Surfar por melodias escorregadias pode parecer um número arriscado, mas há uma linha que os prende ao perigo, que nunca se quebrará. A adrenalina sua pelas paredes de um quarto escuro e soam coros de deboche social, daqueles que inspiram as multidões em dias de revolução. Guitarras de fazer ranger os dentes fazem amor com teclados insolentes que não obedecem a maestros e cospem provocações em forma de beats que ressaltam no peito do ouvinte. A pista de dança é um pólo positivo de cargas e descargas negativas. Ninguém está a salvo! Afiem os ouvidos e protejam os corações das meninas porque os rapazes andam à solta pela cidade!
soundcloud.com/jesusk
facebook.com/140282535989396

Freimatic
Dez anos a partilhar cabines em situações e locais tão diversos não podem senão criar uma grande cumplicidade entre duas pessoas, revelada nas sessões ecléticas e enérgicas que daí têm resultado, e que têm levado os Freimatic a destinos como Londres, Madrid, Barcelona e Ibiza: despidos de qualquer tipo de preconceito ou etiqueta, Fulano47 e Lukkas viajam habilmente por estilos que podem ir do house mais solarengo, passando pelo minimal mais hipnótico até ao techno mais agressivo. A tónica do projecto Freimatic revela-se contudo na produção de temas originais - inspirados em estilos como rock, pop e até fado, mas marcadamente orientados para a pista de dança - e no seu efervescente espectáculo ao vivo: um verdadeiro concerto electrónico, com recurso a máquinas, microfones e artefactos diversos, em que a impressionante componente visual joga também um papel decisivo. Depois de lançarem a sua primeira faixa pela reconhecida editora francesa Boxon Records e uma remix pela espanhola Catalytic, o seu álbum de estréia "Click!" verá brevemente a luz do dia através da Freima Labs, editora que ajudaram recentemente a erguer.
soundcloud.com/freimatic
facebook.com/70165439800

DJ A Boy Named Sue
Os seus sets caracterizam-se por uma forte vertente rock 'n' roll, nos quais visita sonoridades soul, funk, rhythm and blues, garage e punk rock ou new wave, uma espécie de máquina do tempo que cria laços entre os grandes clássicos e as novas tendências da música contemporânea. Playlists ou sets pré-definidos não têm espaço neste universo caracterizado por ambiestes dançaveis e festivos, intensos e imprevisíveis, recheados de hits do passado e do presente. Sinal dos tempos ou desígnio dos Deuses, A Boy Named Sue baralha e volta a dar a História da Música Popular, sem quebras de ritmo nem tiros no escuro, como só um verdadeiro mestre de cerimónias é capaz.
myspace.com/djaboynamedsue

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Sábado, 06 de Abril
APRIL ROCK JAM
Clube > THE ROUTES, THEE EVILTONES, THE GLOCKENWISE, LULULEMON, DIRTY COAL TRAIN, CAUSTIC ROLL DAVE (concertos), CAMPEÕES DO YÉ YÉ & CLUB GARAGE
Bar > OCTOPUSSY CREW

The Routes
Directamente do Japão... The Routes, trio de selvajaria garageira. Link Wray, The Yardbirds, The Animals, The Sonics, The Wailers e The Downliners Sect são influências confessas, mas o resultado é absolutamente único. "Este trio sediado no Japão, traz suficente "stomp-and-grind" para renovar a paixão pelo garage rock. Eles atacam a bateria e experimentam o fuzz como poucos - é um dos melhores combos garage que por aí anda. Trazem consigo o novo álbum "Alligator" e o single "Stormy" por isso não esperem menos do que um assalto implacável! Querem mais?" (Groovie Records)
theroutesjp.com
reverbnation.com/theroutes
facebook.com/the-routes

Thee Eviltones
Os britânicos Thee Eviltones regressam a Portugal. Depois de já terem algum sucesso em Espanha, chega a vez de Portugal conhecer melhor estes "quatro cavaleiros do Apocalítico Garage Rock que vêm infernizar os nosso maiores pesadelos e os pensamentos mais diabólicos existentes na mente de todo o mortal humano". Os Thee Eviltones são um quarteto que Nottingham que cruza o espírito soul e fuzz dos anos 60 com o punk e surf guitar. Adeptos de histórias de terror e contos míticos do mundo fantástico da ficção científica e fantasmagórica, tornam-se ainda mais interessantes pelas guitarras electriziantes e os ritmos demoníacos em empregam nas suas composições e nas suas actuações ao vivo. Com influências que vão desde os Gories, Cramps, Hives, Mano or Astroman ou mesmo, e porque não, uns Rolling Stones são certamente uma banda para não se perder a oportunidade de os ver ao vivo.
theeeviltones.co.uk
facebook.com/the-eviltones

The Glockenwise
"The kids are losing their minds"... The Glockenwise! Jovem quarteto rock de explosões sucessivas de acne à flor da pele, que leva a escola do punk e do garage-rock como manifesto da adolescência. Entre os Ramones e Sex Pistols ou The Vicious 5 e Green Machine, seguem à risca o espectro rock’n’roll, em que a atitude de um frontman é trunfo. Mosh (muito mosh!), suor, atitude, rock’n’roll, os The Glockenwise são uma boa surpresa em Barcelos que nos deixa com vontade de os ver em acção novamente. Ferros na voz, Rafa na guitarra, Cristiano na bateria e Fiusa no baixo caiem de pára-quedas na cena barcelense com ânimo e livre vontade de crescerem e fazerem parte dela.
facebook.com/theglockenwise
theglockenwise.bandcamp.com

Lululemon
Tudo começou com um concurso de bandas em 2009 quando Pedro Ledo e Tiago Sales se juntaram num power duo demolidor para ganhar alguns trocos. Os blues eram uma referência para os dois músicos e daí até formarem os Lululemon foi um piscar de olhos. Com esta formação saiu cá para fora o EP Thee Ol’ Reliables (2010), disco onde a guitarra elétrica, a bateria e os sintetizadores ditam as regras, mas com muito fuzz e reverb em cima. Mais tarde junta-se à formação o Luís Matos para tocar guitarra barítono e o projeto começa a ganhar outra complexidade criativa. Os Blues alargam-se a outras sonoridades e o resultado foi o arrebatador The Flying Fortress, disco dividido em IV Capítulos com muito Surfcore, Trashblues e Postcountry à mistura. Flying Fortress arranca com Blonde Weather e logo ficamos agarrados a um universo que nos transportará para parte incerta; pelo caminho vamos encontrando paisagens secas e repletas de catos. Não ficamos indiferentes ao cinema de um Sergio Leone ou de um Quentin Tarantino. Blonde Weather é um single muito forte e um excelente início para aquilo que vem a ser este disco, gravado e misturado nos Estúdios Sá da Bandeira no Porto. Depois de um concerto muito apreciado pelo público no Milhões de Festa, em 2010, o talento desta rapaziada de Vale de Cambra foi confirmado em 2011 ao ganhar o Optimus Live Act. O prémio do concurso valeu a abertura do palco principal no último dia do Optimus Alive. Seguiram-se convites para concertos por esse país fora. Recentemente foram convidados a participar no planeta música da RTP1 e no programa de rádio "Portugália" na Antena3 para uma entrevista exclusiva. Neste momento preparam o novo disco a sair em breve pela Optimus Discos, com o apoio da Antena3.
facebook.com/thelululemon
lululemon.bandcamp.com

The Dirty Coal Train
Foi na mais quente e húmida noite daquele verão de má memória que tudo aconteceu. Uma noite amaldiçoada para todos os que nela participaram. Uma noite em que teve início uma empreitada malfadada, cujas negras consequências não são ainda completamente perceptíveis. A lua não estava cheia. Fugindo da multidão enraivecida que as perseguia, dois passos apenas à frente do alcance dos archotes e das forquilhas, três mulheres procuravam abrigo nas fumegantes entranhas dos pântanos do Louisiana. A alternativa, sabiam, permitia-lhes uma escolha. Mas era entre a forca e a fogueira.Marie LaVeau, raínha voodoo e mestre na arte de encolher cabeças e enlouquecer inimigos; Lena Hurácan, sacerdotisa amazónica, capaz de invocar os espíritos da natureza e convocar ventos, dilúvios e trovões com os ritmos dos seus tambores; e Conchita de Aragón, cigana fugida de um espetáculo de horrores circense, incapaz de disfarçar um sorriso velhaco ao revelar infortúnios futuros em sessões de leitura das palmas das mãos aos insensatos temerários que se atreviam a pedir-lho, infalível a espalhar feitiços, maus olhados e poções azedas.A noite sempre foi má conselheira de mentes tacanhas, que procuram apenas destruir o que não compreendem. Que temem o que não conhecem. Perante a escuridão, as sombras parecem ganhar vida. Mostram dentes podres e afiados, enquanto sorriem com intenções torpes. E o medo engorda toneladas. Sentindo a vontade dos perseguidores fraquejar a cada metro avançado para o interior do pântano, as três mulheres persistiram. Duas horas depois, já livres da perseguição, cruzaram- -se com a figura esguia de Reverend Jesse, quando este recolhia escamas de jacaré para um guisado. O velho pregador, que há muito havia substituído a leitura das sagradas escrituras pela procura de iluminação no fundo de uma garrafa de aguardente de contrabando, guardava os julgamentos para o dia do juízo final. Viu as roupas e os amuletos, percebeu tudo, o visível e o oculto, mas não se preocupou. Convidou as três mulheres para jantar. Após trocarem dicas de culinária e experiências religiosas, descobriram afinidades musicais que valia a pena explorar. Para completar os sons exóticos do combo, decidiram ressuscitar o cadáver de Old Rod – um maquinista enlouquecido, reformado com o último dos motores a vapor.Procurando paragens mais tolerantes, mudaram-se para Portugal, trocando jacarés, gumbo, mezcal e bourbon por noites de magia negra, presunto, vinho tinto e queijo da serra. Pretendem, com os seus uivos e ruídos estridentes, encontrar comunhão com outras almas perdidas e manter vivo o espectro do rock mais cru feito neste canto esquecido da Europa.Guardem as vossas filhas, as vossas garrafas e as vossas cabras e galinhas! Os The Dirty Coal Train chegaram com instrumentos amaldiçoados e não têm medo de os usar!
soundcloud.com/thedirtycoaltrain
facebook.com/thedirtycoaltrain

Caustic Roll Dave
"The Raw Sound... The Cavernous Blues... The Hazy Beats... The Strange Tunes"
facebook.com/caustic.rolldave

Campeões do Yé Yé
Dupla de DJs formado em 2007. O gosto musical da dupla deambula pelo Garage Rock, Early Soul music, Yé Yé, Psych, Beat, Sixties Mod, R&B, Blues, Freakbeat, Surf Music...
facebook.com/campeoesdoyeye

Club Garage
Revivalista, exigente, criterioso, oportuno, escaldante, o Club Garage aponta baterias a noites gloriosas e poderosas de rock'n'roll, percorrendo os primórdios do soul e blues, a excitação garage dos sixties, os loucos ritmos do surf, o visceral psychobilly, e uma aragem rockabilly. Prestando devoção a deuses como Screamin Jay Hawkins, John Lee Hooker, The Sonics, Billy Childish, Cramps, Stray Cats ou Roky Erikson ou esmiuçando compilações únicas como os Nuggets ou Pebbles, o Club Garage deseja espalhar-se por Portugal para alimentar todos os verdadeiros fãs dos sons mais frenéticos e selvagens que a música nos proporcionou até aos dias de hoje. Ana & Machine Guns, Oscar Gomes e Pedro Cadima são os líderes de um projecto e rostos associados à selecção musical do Club Garage. Podem ser os dj's de serviço, ou não, em carteira estão muitos amigos a convidar e bandas a tocar por cada poiso encontrado nesta caminhada. Queremos pistas a ferver, corpos e mexer... a música que nos propomos a passar não se compadece com a indiferença, vai ao encontro das mentes mais abertas, genuínas, intensas... E com esses queremos construir uma identidade forte, solidificar uma alma e recuperar um estilo e abraçar a música mais viciante e doentia. Da mesma forma que mergulha no passado para resgatar as melhores ondas sonoras dos 50's e 60',o Club Garage vai ligar a este vertente o seu olhar cinéfilo, recuperando fitas emblemáticas com fortes conexões musicais...tipo documentários de bandas ou filmes marcantes como Animal House, The Party, Wild Angels... e muitos mais... conforme for avançado o desfile de datas.
facebook.com/111223368900508

Octopussycrew
Em mais de uma década de ativismo e independência, no percurso da Octopussycrew (n. 2000) consegue identificar-se uma coerência artística alimentada por ritmos urbanos de diversas proveniências que navegam pelos territórios do hip hop, do funk, do drum’n’bass, do dubstep ou do ragga. Nesse sentido, nas sessões destes 3 DJs + 1 MC predominam os ambientes obscurecidos, os espaços tridimensionais e os subgraves, música ampla e pulsante algures entre o delírio fantasista da experimentação e a aposta no risco. De Coimbra para o mundo Hellmariachi, 4tfree, Zhero e 3styla eliminam barreiras e apelam à dança, criando um condensado enérgico de ruído e atitude. Massivo e nada passivo.
facebook.com/octopussycrew
myspace.com/octopussycrew

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