Março '13 | 3ª Semana

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O MEDO QUE O GENERAL NÃO TINHA

Em Portugal tivemos um general que não teve medo. Hoje parecemos viver no medo. Do general ficou-nos a memória, o nome em algumas praças e fotos. As fotos, onde o general emoldurado por uma multidão, prova que não era apenas um general sem medo, foi um momento em que se acreditou que não ser necessário o medo. Foi um pequeno impulso propulsor que nos ajudou a libertar.

“O medo que o General não tinha” foi considerado um dos 10 melhores espectáculos nacionais do ano de 2012 pelo jornal o Público.

O texto deste espectáculo é uma torrente que só tem paralelo no modo irrequieto com Rodrigo Santos salta de personagem em personagem, é ele próprio, volta à personagem e ainda improvisa.

Um desassossego que serve o tema: o medo, ou a falta dele, ou a coragem para o enfrentar, ou a inconsciência que é fazer espectáculos de teatro em Portugal, em especial sobre temas tão ideologicamente vigiados como o da resistência à ditadura Salazarista. Uma medalha de mau-comportamento

Texto | Ricardo Alves e Rodrigo Santos
Encenação | Ricardo Alves
Interpretação | Rodrigo Santos

Maiores de 16 anos
Entre 7 de Março e 5 de Abril, de terça a sábado pelas 22h02 (Abertura de portas às 21h30)

Preço único de 5 euros, preço simpático facultativo 7,5 euros
Marcações e informações 911 725 762

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Quarta, 13 de Março
STUDENT CAFÉ CONCERTO
GURI (live), DANÇA E BALANÇA & ABU

Dança e Balança
O Dança & Balança é um projeto iniciado por Tiago Martins, Igor Fonseca e Sérgio Cardoso que consiste em ampliar tanto as opções de diversão como o universo musical do público minimamente aberto, libertando-o de "pré-conceitos” e utilizando para tal de estilos musicais que têm o poder de suscitar em seus ouvintes uma sensação de euforia, liberdade e entusiasmo contagiante, sendo por si só um óptimo pretexto para exaltação à dança, diversão e convívio. Através da realização de eventos damos a conhecer essa realidade musical brasileira ainda pouco divulgada porém com uma participação activa e fiel do público que já nos acompanha. Ritmos: Os ritmos que baseiam este projeto são na sua maioria estilos dançantes brasileiros sendo os mais conhecidos o Samba, a BossaNova e o Forró mas também temos como função a divulgação das mais variadas vertentes da MPB (música popular brasileira), sendo estas ainda pouco conhecidas da maioria do público em geral tais como o samba-rock, coco, frevo, ciranda, maracatu entre outras "brasilidades". Prentendemos fazer com que todos disfrutem destas sonoridades dançantes promovendo um ambiente festivo com boa disposição e um convívio de qualidade. Eventos: Realizamos neste momento dois eventos fixos: Quintas-feiras - Salão Nobre do Restaurante Galeria de Paris – Localizado no centro do Porto numa das zonas mais movimentadas da noite portuense, situado no 1º andar de um edifício histórico da emblemática Rua da Galeria de Paris, este salão proporciona ao nosso público um espaço de grande beleza com varandas ao longo da sala que se debruçam sobre a rua e bastante amplo para se poder dançar à vontade. Temos antes do baile uma aula de forró das 19h às 21h com o prof. Sérgio Cardoso. O baile tem início às 22h e acaba por volta das 2h. Domingos - Espaço Compasso – apesar de estar de momento fechado para remodelações este espaço que é o berço do nosso projecto é mais do que um sítio para se dançar, é o lar da família de forró do Porto. As festividades começam com aula de forró das 18h às 20h com o prof. Sérgio Cardoso após a qual se inicia o baile que se prolonga até à meia noite. Para quem quiser jantar pelo Espaço Compasso todos os domingos há feijoada tipicamente brasileira e xiboquinha para digerir. Também realizamos outros eventos pontuais, sendo que nesse caso nos centramos na possibilidade de dançar ao ar livre.
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Quinta, 14 de Março
EXPEÃO E OS INFILTRADOS & PZ (live)
MADNESS #08 ft. DJ CASCA, DOWNBEAT b2b DUSTY & MCO

Expeão E Os Infiltrados
Expeão cedo se evidenciou por ser um dos impulsionadores musicais da zona norte, tanto na divulgação de novos artistas, como produtor ou organizador de eventos desde o tempo do punk, passando pela música electrónica até ao grande movimento hip-hop. Mas é enquanto vocalista dos Dealema  que a sua força cresce e ocupa um lugar de destaque fundamental no tabuleiro musical português. Com os Dealema pisa os maiores palcos do nosso país, torna memoráveis os maiores festivais e queimas das fitas e deixa marcos discográficos que fazem parte da nossa história. Mas há muito mais em EXPEÃO, algo que transcende o seu papel na banda onde o conhecemos e que leva as suas raízes musicais mais longe. Aliado à sua faceta de produtor e compositor, em 2006 nasce "Máscara". Algo íntimo e seu.  Inicia-se aqui um novo caminho onde assume total controle da sua criação, desde a composição, passando pela produção e mistura. Desta feita, a Expeão juntam-se os Infiltrados; e com eles as baterias, as linhas de guitarra rasgadas e os baixos; aos já habituais sintetizadores e beats que lhe conhecemos. Este Expeão veste-se agora de rock.
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PZ
PZ é Paulo Zé Pimenta. Começou a fazer música no seu quarto com um computador, um sampler, e um ou dois sintetizadores quando tinha 16 anos. Á medida que foi aprendendo a mexer em máquinas e a tocar vários instrumentos, num modo outo-didata, foi desenvolvendo uma sonoridade própria. Sendo PZ o seu projecto mais intimista existem outros que permitem ao músico viajar por sonoridades e estados de espirito divergentes como Pplectro (alter ego que toma conta dos seu devaneios puramente electrónicos), Paco Hunter (projecto que desenvolveu com o seu irmão Zé Nando Pimenta), e a Zany Dislexic Band (banda de improviso que conta também com Zé Nando Pimenta, Duarte Araújo e Sergio Freitas). Por mais estranho e contraditório que pareça PZ vai construindo a sua identidade neste seu mundo multi-facetado e multi-disciplinar. A coerencia é dividida em mundos paralelos que vivem em dimensões próprias. Neste panorama o projecto PZ reflecte a dimensão do mundo mais real de PZ. Ouvindo as músicas vemos no entanto que a realidade ainda supera a ficção.
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DJ Casca
Oriundo de Braga DJ Casca é um acérrimo defensor da cultura scratch e turntablism.
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Downbeat
Downbeat desde muito cedo que está ligado ao mundo da música, começou a sua aventura por volta de 2004 através de uma promotora de concertos de bandas de garagem , Loudspeaker. Promotora essa que durou cerca de 2 anos e onde chegou até a criar alguns after concerts de Drum & Bass, onde teve a sua primeira experiência de mistura. Com o fim da Loudspeaker e o início da promotora Massive esteve desde logo ligado à mesma mas só em 2008 é que se tornou DJ da Massive. Desde de 2006 que já partilhava ocasionalmente os gigs com DJs como Trap , Zirash e BSA mas só começou a tocar regularmente por volta de 2008 com actuações em Coimbra e mais tarde em Braga e Porto. Como ouvinte já esta no Drum & Bass desde 2000 no antigo e saudoso Hard Club sendo esse foco de muita experimentação do género. Mais tarde Maré Alta, Porto-Rio e Swing permitiram ouvir os maiores e melhores nomes da actualidade do Drum & Bass. Como DJ já tocou um pouco por todo o país e ao lado de alguns dos melhores nomes nacionais. Sets progressivos e explosivos é o que se pode esperar das actuações de Downbeat e apostando sempre numa vertente mais deep.
facebook.com/downbeatdj
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Dusty
Dusty, nascido em 1986 e natural da cidade de Braga. Entra em contacto com a música electrónica nos inícios da década passada através de amigos de longa data (Downbeat, DJ Trap, BSA, Zirash) que já na altura se aventuravam no mundo da música. Rapidamente adquire um gosto especial pelo Drum & Bass, o que o leva a frequentar regularmente os maiores eventos do género por todo o país, ficando fortemente fascinado pelo ambiente e qualidade musical que na altura se faziam sentir no saudoso Hard Club. Com o despontar da cena em Braga, através do trabalho da promotora Massive, começa a contactar mais de perto com a mistura e inicia um longo amadurecimento, que se baseia principalmente no vício de procurar música e posteriormente de a misturar no estúdio caseiro do amigo de longa data DJ Uzi. Como consequência do seu trabalho e fascínio pelo Drum & Bass, no ano de 2010 tem a sua primeira gig num evento realizado pela promotora Massive, a quem se acaba por juntar no ano de 2011 a convite de DJ Trap. Nos seus sets há uma constante procura de inovação em termos musicais, nunca descurando o lado dos ravers, sendo que o aspecto central será sempre a existência de grandes baixos e ambientes futuristas!
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MCO
MCO também conhecidos como Mad Control são um colectivo de Drum & Bass formado em 2011. Mas se o nome surgiu para o público apenas nesse ano desde 2007 começaram a aperfeiçoar aquilo que desejavam dar ao público. Têm várias infuências que vão do Liquid até ao Jump Up e a sua fundamental orientação é a pista de dança.
https://soundcloud.com/mcontrol
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Sexta, 15 de Março
MONSTER JINX TAKEOVER
ft. DARKSUNN, J-K, MIN & SUPA, NITRONIOUS, SLIMCUTZ, SPARK, STRAY & TASEH

Darksunn
"Quando um instrumental sente que chegou à sua forma definitiva ele comunica justamente isso ao seu produtor. Por vezes, chega até a fornecer informação sobre os melhores arranjos, equalização e mistura para si mesmo. A linguagem que ele usa para transmitir tais ideias é um código severamente complexo e indecifrável aos ouvidos comuns. Além disso, é tão secreto que, não só é praticamente impossível encontrar informação sobre este fenónemo, como ainda é mais difícil entendê-lo ou traduzi-lo. A pouca documentação que existe sobre este tipo de comunicação diz-se ter sido passada de produtor em produtor, através de notas escritas, desenhos esquemáticos e outros pedaços de informação escondidos dentro de vinis das suas colecções pessoais, que, por perdas, extravios, furtos, ofertas e esquecimentos se fizeram passar de mão em mão. Alguns teorizam que, esta “passagem de mão em mão” é tudo menos aleatória ou acidental e que são os próprios discos contendo os fragmentos que descodificam a linguagem instrumental que se fazem transportar até ao escolhido para os receber, aquele que estará apto à sua compreensão e que merecerá esse privilégio. Talvez essa hipótese pareça absurda, mas tal aconteceu com DarkSunn. Por volta de 1994, quando ainda era um iniciado na cultura Hip-Hop e estava fascinado com o domínio da técnica da escrita e da rima, recebeu um disco contendo uma dessas notas de descodificação. Nesse momento, sentiu-se intrigado mas decidiu ignorá-la, após algum tempo perdido a tentar desvendá-la. Infelizmente, hoje em dia,quando interrogado sobre a proveniência desse mesmo 12″, ele diz não se lembrar exactamente. Pessoalmente, considero que possa estar a esconder essa informação por razões de protecção deste tão exclusivo clube de entendedores ou poderá não se recordar mesmo, como afirmam os defensores da hipótese da Passagem de Mão em Mão Selectiva, que defendem igualmente que estes discos lavam a memória do seu receptor quanto à forma como o receberam de forma a proteger o anonimato do seu remetente. Uma vez começando a produzir, por volta de 1997, começou a sentir uma inexplicável força que o atraía para essa actividade e que não deixava concentrar em mais nenhum aspecto da sua vida, como se algo exterior a ele o impulsionasse a descobrir algo naquele meio. Um ano volvido, esse tal disco e o seu conteúdo reapareceram na memória de DarkSunn e desse ponto então, nunca consegui que ele me revelasse mais pormenor nenhum sobre o que figurava nessa nota ou como se deu essa percepção. A única coisa que consegui que ele me confidenciasse foi que o formato sobre o qual o instrumental chega ao ouvinte também não é decidido por si, mas sim igualmente comunicado pelas várias camadas de sons que o compõem. Disse-me que elas discutem entre si e concluem se necessitam, ou não, de convocar um vocalista para adicionar palavras à sua ideia. Acrescentou ainda que as secções de bateria quase sempre têm curiosidade sobre o que aconteceria à cadência de qualquer MC quando disparada sobre si,que os samples de Soul têm um feitio mais selectivo e que são muito precisos relativamente à pessoa que querem abordar e que as referências funk geralmente dispensam qualquer adição, gostando de protagonizar as partes mais fortes da música. Talvez seja por esta razão que DarkSunn escolhe permanecer relativamente incógnito, ao contrário do seu trabalho, porque nem todos os que desejam cantar numa das suas obras sonoras estão conscientes que ele não escolhe a quem atribuí o quê, mas apenas se esforça para satisfazer os pedidos requintados dos seus instrumentais." Excerto da reportagem “Hip-Hop: Independentes” publicada em revista Única, jornal Expresso, por Pedro Tavares
facebook.com/darksunn.mj

J-K
Gajo denso, de ar pesado, revoltado com o globo, chateado com as modas e irritado com mesquinhices terrenas. No entanto, é fácil encontrá-lo com um sorriso parvo na cara, feliz sem saber bem porquê, sem pesos nos ombros, a flutuar por aí como um verdadeiro preguiçoso. O J-K nasceu em África, cresceu na Sertã e vive em Lisboa. Curiosamente, nenhum destes ambientes parece tê-lo influenciado minimamente.Como se fossem apenas saltos necessários para se tornar na pessoa que é. Obrigatoriamente, por obra de poderes superiores. Os mesmos poderes que o dotaram de uma capacidade de imaginação aguçada. Por isso, quando não está ou irritado com qualquer coisa ou simplesmente contente, ele fantasia e distorce a sua vida, criando novos enredos e finais para os episódios do dia a dia e alterando guiões de conversas que aconteceram, estão a acontecer ou vão acontecer. Não sonha acordado, às vezes é que acorda durante o sonho e…faz a sua vidinha. Estas formas de estar paralelas confundem-no. A única forma que conhece para organizar o cérebro é a música e o único método que lhe enche as medidas é o Hip-Hop. No final do dia, o J-K é só um gajo cansado, às vezes com cara de exausto e cronicamente sem sono. A sua hora de deitar permanece uma incógnita. Louvados sejam os fins-de-semana. Nesses momentos, tudo o que ele quer é regressar ao sítio de onde veio (quando sabe que sítio é esse), beber um (normalmente mais do que um) copo e falar com… Vocês sabem. Falar com ela. E a mala do seu carro é feita de encomenda… para dar espaço para sua Espada Gigante.
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Min & Supa
Min & Supa são duas raparigas que gostam de compartilhar o que ouvem em casa em espaços públicos sempre com a esperança de fazerem dançar quem as ouve. Apostam num set bastante eclético que incorpora dubstep, sexystep, wonky, glitch, uk funky, uk garage ou até mesmo hip-hop.
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Nitronious
Nitronious aka Tiago Lessa é mais conhecido por ser, não apenas mais um habitante, mas o efectivo Presidente da Câmara da Cidade dos Projectos. Aqueles que o conhecem sabem que o seu fascínio pela novidade e sede de informação ultrapassa a capacidade de execução humana de muitas ideias, em muitos campos, ao mesmo tempo. Mas nós, na Monster Jinx, acreditamos nele. Já realizou vídeos e tirou centenas de fotografias para nós. Foi ele o maestro da edição inaugural dos nossos Podcasts. Conhecemos a sua colecção de discos (e de revistas, livros e outras coisas indizíveis). E sabemos que um dia ele vai conjecturar uma app ainda mais bem sucedida do que o Angry Birds. Ou revolucionar a cozinha moderna.
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Slimcutz
DJ SlimCutz é o bi-campeão da edição nacional da mais importante competição de turntablism, o DMC. E graças à sua qualificação na última edição mundial deste campeonato, é também um dos 10 melhores turntablists do planeta. Na noite portuguesa, é reconhecido como um frenético debitador de malhas, capaz de manter o público em euforia, independentemente das características da pista. Assim o confirma o seu historial a tocar ao lado de artistas de fama universal, como Flux Pavilion, Doctor P, Skream, Emalkay, Delta Heavy, JFB, Pharoahe Monch, M.O.P, Beatnuts, The Alchemist, Oh No, GrandMaster Flash, X-Ecutioners, Beat Torrent e muitos outros. Foi também escolhido pelos Mind da Gap, uma das nossas mais míticas bandas de Hip-Hop, para ser o seu DJ oficial. Partilhando o palco com eles por todo o país, é já visto pelo público quase como o seu 4º membro. O seu grupo, The Bigger Banger Theory, tem atirado a matar na cena electrónica do Norte, não só pelas festas vibrantes onde tem tocado, mas também pelos convites de colaboração provenientes da Red Bull Music Academy Portugal. Neste projecto sem fronteiras, constrói músicas e faz a noite dos ravers mais exigentes, juntamente com o desafiante produtor Taseh e com o DJ Sistema.  Para terminar, é de referir o seu papel enquanto parte do colectivo musical e artístico Monster Jinx, uma referência nortenha de independência e autonomia dentro dos meios culturais nacionais.
facebook.com/deejayslimcutz
monsterjinx.com/djslimcutz

Spark
Nasceu em 1987, mas foi por volta de 2000 que surgiu no mundo como DJ Spark. No entanto, Spark não é tanto produto de uma época como de um lugar. Ou antes, de um não-lugar – qualquer não-lugar, visto que todos eles são igualmente avassaladores, enormes no seu esplendor e espectacularmente vazios de caracterização. São transitórios, lugares de passagem para as massas, efervescentes de actividade, imponentes enquanto a azáfama durar, mas de outra forma inúteis. É deste ambiente que resulta Spark. A evidência surge à primeira faixa – qualquer faixa – que se ouça deste DJ e produtor. Não há âncoras, não há vícios, não há pressupostos na música que faz; a sua marca musical é uma massiva corrente de estilos que marca pela sua diversidade e pela facilidade com que transita de Hip Hop para Drum n Bass, incorporando Dub Step, Trip Hop e inevitáveis doses de Funk. Para Spark, a música é um receptáculo descaracterizado, inútil até que a turba o invada. Esta forma de abordar o processo de criação manifesta-se claramente no seu percurso musical – desde as variadas colaborações com artistas da Hip Hop scene nacional, como os MCs Stray e 3 em 1, até à participação em projectos de outras paragens, como Wokini, na área do rock, Fábrica de Sonhos, mais no estilo de World Music e, mais recentemente, Death Will Come, uma banda de Hardcore portuense. Trabalhar com outros artistas é uma importante oportunidade de aprendizagem que Spark retribui através da constante, indelével disponibilidade para ensinar. A nível de actuações, já marcou presença em Barcelona, tendo passado também pela Casa da Música, Teatro Circo e Boom Fest, no que respeita a actuações em solo nacional. DJ Spark é ainda um terço do trio que compõe o projecto Roulote Rockers, a par com Raez e Logos. Em 2009 lançaram o “Projecto de Sábado à Tarde”, um EP orientado primordialmente para Funk e Soul, com a inevitável componente de rimas à mistura. O seu mais recente trabalho, “Dichotomy”, será editado em 2010, pela mão da Monster Jinx. Como não poderia deixar de ser, pretende preencher o vazio daquilo a que poderemos chamar, por extrapolação, a não-música – o lugar anónimo e impessoal em que a música se encontra até que alguém com uma visão lhe dá uma nova e inesperada forma.
spark-mj.bandcamp.com
facebook.com/spark.mj

Stray
Um dia, ainda nem o pequeno Stray andava na escola, deparou-se com uma cafeteira deixada pelos seus pais… ao seu alcance. Lá dentro, a poção mágica. Imaginem os seus olhos a brilhar com tal visão (imaginem também a chungaria-fixe que seria o pano de fundo, lembrem-se que estavamos em plenos anos 80) e será fácil perceber o desfecho. Glup Glup Glup. Nasce um super herói. Assim, na primária ficou conhecido como “O Único Puto com Uma Chávena na secretária”. A razão? Quando a funcionária vinha fazer a contagem de quantos leite achocolatados iam ser precisos no intervalo, ele ficava sempre na esperança que nesse dia ela perguntasse “Leite ou Café?”. Alguns anos mais tarde tentou organizar uma manifestação contra a discriminição que existia no bufete da escola por só servirem cafés aos professores e não aos alunos. Não sendo bem sucedido, as suas aspirações políticas ficaram por aí, mas o amor pela sua causa, “Livre Acesso do Café”, não morreu. Só precisava de tentar outro meio. Pensou para os seus botões (na verdade, para o fecho de um casaco tipicamente anos 90), “bem, eu gosto de Rap”. Olhou à sua volta e lembrou-se, “pois, mas não conheço mais ninguém que também goste…”. Ponderou mais um pouco e concluiu “Não faz mal. Vou tentar. Talvez um dia venha a ouvir Hip-Hop na rádio e na televisão, quem sabe… vou tentar passar a mensagem do ‘Livre Acesso ao Café ‘ através do Rap”. Dois dias depois descobriu que afinal o consumo de café era absolutamente normal e que não existia legislação que impusesse uma idade mínima para o seu consumo. “God damn, homie” exclamou (o que prova o seu exagerado fascínio com o Hip-Hop desde sempre). Mas continuou a fazer música na mesma. O resto, como dizem, é história. Mas, como às vezes a história é muito mal contada, vamos lá explicar umas coisas. Afinal não vamos, dizem-me que para isso existe uma secção chamada “Música”. O que é q se pode dizer mais sobre o Stray? Alguns chamam-lhe Monstro Clássico, outros Rei Lagarto, Dread Droid Ninja ou Homem-Café. Quando dizem coisas como “não fecha muito bem a mala”, “não regula muito bem das velas” ou “é meio chanfrado”, o que todos estão a expressar é uma certeza inabalável que, dele, nunca se sabe o que se pode esperar (e muito antes disso se ter tornado popular). Para o bem e para o mal, a sua reputação persegue-o. Tal como a sua voz Marciana e as suas letras pejadas de surrealismo, referências, ideias do arco-da-velha organizadas de uma forma muito particular, pequenas pitadas de ironia e fortes golpadas no coração expostas, tudo envolto num geral desdenho pelo que alguém possa pensar do seu estilo. Cuidado. Ele é amigo do Chewbacca, conhece ex-membros dos ThunderCats e tem formação como Jedi. Hadouken YO!
straymj.bandcamp.com
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Taseh
A idade do Taseh não se mede segundo parâmetros humanos. Ele é jovem nesta era, mas lendário noutros tempos, ainda que o desconheça. Uma alma milenar segue-o para todo o lado. Esse fantasma já foi ele. Ao longo de dezenas de vidas. Esteve envolvido na construção de pirâmides egípcias, foi um pirata foragido, um vendedor ambulante, pilotou balões de ar quente, foi um obscuro músico Jazz e um mecânico de carros de corrida. No início da sua carreira, a sua altura favorita para trabalhar eram as primeiras horas do dia. Entre trincas numa torrada, delineava as ideias. Depois do pequeno-almoço, martelava infinitamente a sua MPD. Mais recentemente, tornou-se num ser nocturno, o que afectou não só a sua vida, mas a direcção da sua música. Além disso, coleccionou toda uma série de teclados, antigos e modernos, e multiplicou o seu arsenal criativo. O espírito que o segue conta-lhe histórias das suas vidas antigas e ele usa-as como inspiração para as suas músicas recheadas de influências e que disparam para as todas as direcções, das mais experimentais às mais dançáveis.Mas o Taseh não é apenas um produtor, é um músico espontâneo, capaz de rappar, tocar bateria ou fazer scratch sem esforço aparente. É uma ameaça. Um dia ele vai perceber a dimensão do seu talento e nesse dia eu próprio terei que o matar. Não quero ser eclipsado…
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Sábado, 16 de Março
Clube > AUTORAMAS (live) & DJ A BOY NAMED SUE
Bar > PAULO MOURA

Autoramas
Autoramas é uma banda de rock brasileira. Formada no Rio de Janeiro em 1997, é uma das mais bem-sucedidas no cenário independente do país. O conjunto foi formado por Gabriel Thomaz (guitarra e vocais) que, após se tornar conhecido com seu grupo Little Quail and The Mad Birds e fazer sucesso como compositor de hits de bandas como Raimundos e Ultraje a Rigor, muda-se para Rio de Janeiro e convida seus amigos Nervoso (bateria) e Simone (baixo) para fazer um som batizado em português como "Rock para Dançar", uma mistura da surf music dos anos 60 com a new wave dos anos 80, mais influências de rockabilly, Jovem Guarda e a energia do punk rock, com guitarras com timbres marcantes, baixo distorcido e batidas dançantes. Em 1998 o baterista Bacalhau entra no lugar de Nervoso, e o grupo faz sua primeira apresentação ao vivo. Em 2000 sai o primeiro CD, Stress, Depressão & Síndrome do Pânico, produzido por Carlo Bartolini e lançado pelo selo independente Astronauta Discos, com distribuição da multinacional Universal Music. Desse CD saíram músicas como "Fale Mal de Mim" e "Carinha Triste", veiculadas pelas rádios do Brasil inteiro e pela MTV, rendendo uma turnê que foi do Rio Grande do Sul ao Amapá em mais de 80 shows, incluindo uma apresentação no Rock In Rio III. Seu segundo CD, Vida Real, foi lançado no fim de 2001. Depois de uma nova turnê pelo Brasil tocando em onze estados, partem para sua primeira turnê internacional no Japão, juntamente com a banda local Guitar Wolf, passando por cinco cidades japonesas. Também é lançado uma coletânea do Autoramas para o mercado japonês, batizada de Full Speed Ahead. O ano de 2003 marcou o lançamento do terceiro CD, Nada Pode Parar Os Autoramas, pela gravadora independente Monstro Discos. Este álbum ganhou o prêmio London Burning de Música Independente nas categorias "Melhor Banda" e "Melhor Disco" de 2003, e rendeu convites para os principais festivais no Brasil. Em 2004 o Autoramas parte para sua segunda turnê internacional, na Argentina e Uruguai tocando em três cidades, Montevidéu, Buenos Aires e Rosario, seguida pela terceira turnê internacional, com quatro shows no Chile e Argentina, já com a participação da nova baixista, Selma Vieira. Com a turnê o Autoramas atinge a marca de 96 apresentações naquele ano, incluindo shows em 21 estados brasileiros. É finalizado também o videoclipe da música "Você Sabe", ainda do CD Nada Pode Parar os Autoramas, que ganha alta rotação na MTV e vence três prêmios no VMB de 2005. Em maio de 2007, após turnê pela Europa, a banda lança seu quarto CD, Teletransporte, pela gravadora Mondo 77. Selma deixa o grupo em 2008, sendo substituída por Flávia Couri. No final de 2009 é lançado o CD e DVD MTV Apresenta Autoramas Desplugado. Com isso, a banda se torna a única a produzir um acústico da série MTV Apresenta. Em junho de 2011, o Autoramas deu início a um sistema de financiamento coletivo para angariar fundos e finalizar as gravações de seu novo álbum de estúdio, Música Crocante. A arrecadação foi bem-sucedida, e o trabalho foi lançado em outubro do mesmo ano.
autoramas.uol.com.br

DJ A Boy Named Sue
Os seus sets caracterizam-se por uma forte vertente rock 'n' roll, nos quais visita sonoridades soul, funk, rhythm and blues, garage e punk rock ou new wave, uma espécie de máquina do tempo que cria laços entre os grandes clássicos e as novas tendências da música contemporânea. Playlists ou sets pré-definidos não têm espaço neste universo caracterizado por ambiestes dançaveis e festivos, intensos e imprevisíveis, recheados de hits do passado e do presente. Sinal dos tempos ou desígnio dos Deuses, A Boy Named Sue baralha e volta a dar a História da Música Popular, sem quebras de ritmo nem tiros no escuro, como só um verdadeiro mestre de cerimónias é capaz.
myspace.com/djaboynamedsue

Paulo Moura
Tudo começou em 2008 quando se tornou o DJ oficial das festas de Erasmus no Porto. Depois nunca mais parou, com residências no Pitch, Villa, Rivoli, Armazém do chá, Gare e More Club. Memoráveis passagens por clubes como Kadoc e Via Rápida além de eventos internacionais na Cróacia e Itália. Paulo Moura ou Capitão não se revê na palavra monotonia. É constante a diversão e a capacidade de misturar de tudo um pouco para colocar toda a gente a dançar.  Nada de música snob ou de pretenciosismO… Festa é Festa! Contagiante a animação, do capitão Moura. House, Rock, ritmos brasileiros, Pop… vale tudo para animar os presentes!
facebook.com/djpaulomoura

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